A Construção Civil representa uma importante fundação da economia brasileira, juntamente com a agricultura, indústria e o comércio. Assim, a continuidade dessa realidade frente à crise econômica, seguida da pandemia da Covid-19 no Brasil, demonstrou como, de fato, esse setor é extremamente forte.
Isso porque a Construção Civil está intimamente ligada à situação econômica do país, não apenas porque produz bens imóveis que refletem a realidade das famílias, mas também porque, em igual medida, constrói prédios comerciais e outras estruturas que demonstram o aumento de riquezas em circulação.
Nesse contexto, era esperado que, em um cenário de crise econômica, o setor sofresse uma retração grande, na medida em que sua produção principal exige altos numerários de recursos do consumidor.
Mas não foi isso que se verificou no Brasil dos últimos 8 anos, ao contrário.
Versatilidade da Construção Civil em tempos de crise
É verdade que, apesar do setor não ter recrudescido frente às crises econômicas, o tipo de foco de produção mudou bastante.
Nos últimos anos, a construção de imóveis residenciais de baixa renda cresceu muito mais do que os imóveis de alto padrão com a mesma finalidade.
Essa realidade vem acompanhada da inserção de programas governamentais de incentivo à moradia popular, como o Minha Casa Minha Vida e, mais recentemente, o Casa Verde e Amarela.
Da mesma forma, o setor comercial também vem se adequando às novas necessidades do mercado.
A percepção do home office como uma nova realidade mundial que veio para ficar, faz com que todos os estilos de apartamentos sejam comercializáveis, seguindo uma lógica de que mais espaço compensa mais, pois as residências passam a abrigar escritórios em tempo integral.
Além disso, explodem startups por todo o mundo ressignificando o conceito de residência, possibilitando um novo modelo de negócios de prestação de serviços de moradia, e a propriedade se torna algo obsoleto.
Essa nova percepção viabiliza a residência temporária em diversos locais do mundo, o que multiplica as possibilidades de moradia. Por sua vez, o investimento parte de grupos econômicos fortes, que alavancam o progresso do setor.
No mais, com a pandemia da Covid-19 e o abandono de muitas empresas dos prédios de escritórios, Fundos de Investimentos Imobiliários – FIIs, vem reformando espaços corporativos e adequando-os a outras necessidades.
Essa versatilidade da Construção Civil, na verdade, é o que vem garantindo que a produtividade e lucratividade nunca tenham caído nesse setor, mesmo nos anos mais difíceis.
A liderança da construção civil na recuperação econômica do país
Durante a pandemia da Covid-19, muito se especulou sobre o destino de muitos setores da economia, dentre eles a Construção Civil. A previsão era de que a queda fosse imensa, e, no entanto, não foi isso que ocorreu.
Um dos principais fatores para a recuperação e até crescimento inesperado do setor, foi o congelamento da taxa de juros SELIC, que permitiu que muitas pessoas se sentissem seguras para adquirir um imóvel.
Além disso, a necessidade de permanência contínua dentro da própria residência obrigou a população a repensar o espaço em que vive com sua família, e a eventual necessidade de garantir um espaço melhor.
Por essa razão, atribui-se esse crescimento, quase que implicitamente, à ideia no imaginário geral de que a casa é um lugar de segurança e bem-estar, e, portanto, o aumento do interesse em imóveis residenciais. O crescimento pela busca de imóveis dessa natureza foi gigantesco e inesperado.
A consequência lógica e extremamente positiva que essa situação trouxe foi a geração de empregos. O setor da Construção Civil é desde sempre um dos maiores empregadores do país. Em um momento de crise, representou um alento para muitas famílias.
Assim, é possível dizer que a construção civil possui um papel de liderança na recuperação econômica do país, na medida em que movimentou caixa, abriu oportunidades de emprego e permanece incentivando o consumo e o crescimento econômico de forma eficiente, mesmo durante os períodos mais incertos.
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